Se estás a planear uma viagem de longa duração pelo Sudeste Asiático, não podes deixar de fazer o famoso "Banana Pancake Trail". Esta rota icónica é uma verdadeira jornada que te levará a descobrir algumas das zonas mais vibrantes, repletas de culturas fascinantes e paisagens deslumbrantes.
Durante 6 meses, tivemos a oportunidade de mergulhar nas maravilhas desta região, começando pela Tailândia e passando pelo Laos, Vietname, Camboja, Malásia, Indonésia e Singapura.
Neste post, partilhamos contigo um resumo da nossa incrível viagem, com dicas e momentos marcantes que não deves perder!
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Tailândia: O Início da Aventura
Começámos a nossa viagem em Banguecoque, onde tivemos o primeiro impacto com uma cultura muito diferente da nossa. Para sermos sinceros, adaptamo-nos bastante bem à cultura tailandesa, mas o que mais nos custou foi o calor húmido e abrasador, como nunca tínhamos sentido antes.
Ruas movimentadas, templos majestosos e mercados de rua, ficámos imediatamente apaixonados pela dinâmica de Banguecoque. No entanto, como tínhamos uma grande viagem pela frente, nunca ficamos mais de 3-4 dias em cada local.
Seguimos para Chiang Mai, onde participamos no Festival Songkran, um dos mais conhecidos festivais da Tailândia, e passámos cerca de três dias em autênticas batalhas de água pelas ruas. Foi uma experiência inesquecível, e se planeias visitar a Tailândia no mês de abril, recomendamos vivamente que participes nesta celebração.
De seguida, dirigimo-nos a Pai, uma pequena cidade montanhosa com uma vibe muito descontraída. Não podíamos deixar de visitar Chiang Rai, onde estão localizados os famosos Templos Branco e Azul.
Chegou a altura de mudar de país, e decidimos aventurar-nos e fazer esta travessia de barco, mais especificamente no famoso "slow boat". Esta aventura começou ainda em Chiang Khong, onde fica a fronteira na Tailândia e, em seguida dirigimo-nos para Huay Xai, onde iniciámos a nossa jornada de barco rumo a Luang Prabang, no Laos.
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Laos: O país mais subvalorizado do Sudeste Asiático
Depois de dois dias de barco, chegámos finalmente a Luang Prabang. Passámos aqui alguns dias a explorar as suas cascatas, templos e o famoso mercado noturno.
Em seguida, fomos para Vang Vieng, uma das nossas localidades favoritas de toda a viagem! Um ambiente super descontraído e jovem, onde realmente se sente o espírito de “mochileiro”. Há imensas atividades para fazer, como tubing, miradouros incríveis e várias lagoas para descobrir.
Seguindo viagem, chegámos a Vientiane, a capital, mas apenas como ponto estratégico para apanhar o autocarro para o próximo destino: o Vietname. Pesquisamos sobre esta travessia Laos-Vietname na internet e encontrámos um artigo que a descrevia como "o autocarro do inferno". Por isso, fomos preparados para o pior… No final, a viagem acabou por correr bem, durou mais de 24 horas, mas foi uma experiência que nos proporcionou muitos risos e algumas histórias para contar.
Vietname: De Norte a Sul
Passámos um mês a explorar o Vietname. Começámos em Hanói, a capital. Seguimos para Sapa, onde fizemos um trekking pelos campos de arroz. Um dos pontos altos da nossa estadia no Vietname foi o cruzeiro de duas noites que fizemos em Halong Bay, uma das 7 maravilhas naturais do mundo. Depois, fomos para Ninh Binh, uma região muito gira, rodeada pelas montanhas, com imensos campos de arroz e que adorámos, é imperdível numa visita ao país.
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A seguir, rumámos ao centro do país, onde visitamos Hué e a sua cidade imperial. Também gostámos muito de Da Nang, onde fomos à praia pela primeira vez na viagem. E, claro, a cidade mais romântica do Vietname, Hoi An, com as suas ruas iluminadas por lanternas coloridas, é uma paragem obrigatória em qualquer roteiro pelo país.
A caminho do sul, fizemos uma paragem em Da Lat, uma cidade nas montanhas que adorámos. Finalmente, chegámos a Ho Chi Minh, a antiga capital do país, onde há vários locais interessantes para visitar e aprender mais sobre a Guerra do Vietname.
Chegou a hora de mudar de país e atravessar mais uma fronteira de autocarro. Desta vez, decidimos ir mais tranquilos e optámos por comprar os bilhetes na empresa Giant Ibis. Embora um pouco mais cara, já tínhamos feedback de outras pessoas que a passagem na fronteira era tranquila e que eles tratavam de tudo.
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Camboja: Terra de Templos e Sorrisos
Atravessámos a fronteira para o Camboja, onde a primeira paragem foi Phnom Penh. Não ficamos apaixonados pela cidade, por isso seguimos para Kampot, uma pequena cidade à beira-rio.
Depois, seguimos para as ilhas Koh Rong, um destino ainda pouco explorado, com praias paradisíacas. Infelizmente, não apanhamos bom tempo durante a nossa estadia na ilha; em vez disso, fomos atacados por moscas-da-areia que havia aos montes e acabámos completamente devorados!!
Seguimos então para Siem Reap e ficámos maravilhados com os templos de Angkor Wat. Além disso, o ambiente da cidade é muito agradável e as pessoas receberam-nos muito bem, estavam verdadeiramente felizes por estarmos a visitar o seu país.
Após mais uma viagem de autocarro, estávamos de volta a Banguecoque.
Tailândia: O Sul e o Paraíso das Ilhas
Como gostámos tanto de Banguecoque da primeira vez que lá estivemos, decidimos passar mais uns dias a explorar a cidade. Mas o nosso objetivo agora era conhecer a região das praias, por isso, rumámos ao sul.
Começámos pelas ilhas do Golfo da Tailândia e exploramos as ilhas de Koh Samui e Koh Tao. Esta última é um dos lugares mais baratos do mundo para tirar o curso de mergulho PADI, por isso, não percas a oportunidade! Além disso, a água é quentinha e a vida marinha diversificada.
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Seguimos para Krabi, onde exploramos Ao Nang e Railay Beach. As paisagens aqui são incríveis, com formações rochosas impressionantes.
Passámos ainda alguns dias nas ilhas Phi Phi, uma pequena ilha sem veículos, onde adorámos o ambiente descontraído. Aqui, não podes deixar de fazer uma tour pelos principais pontos turísticos da região, como Monkey Beach, Maya Bay e Pileh Lagoon.
A nossa estadia na Tailândia terminou em Phuket. Depois de quatro meses a viajar pela Ásia, apanhamos o primeiro voo rumo à…
Malásia: À descoberta da multicultural Kuala Lumpur
Chegámos à Malásia, onde o plano inicial era explorar todo o país, começando do norte para o sul. No entanto, durante os primeiros meses da viagem, ponderámos e acabámos por optar por visitar apenas a capital, para podermos explorar a Indonésia por mais tempo.
Estávamos em Kuala Lumpur, onde passámos 12 dias. Conseguimos explorar a cidade com calma e descansar um pouco.
Há muitas coisas para fazer na cidade, como visitar as famosas Petronas Towers, as Batu Caves, os mercados locais que contrastam com os shoppings modernos e muitas mesquitas.
A cidade é, sem dúvida, multicultural, e foi aqui que tivemos uma experiência que nunca vamos esquecer: durante a nossa visita a uma mesquita, fomos convidados a lanchar na casa de uma família muçulmana. Fomos muito bem recebidos, e foi um momento de partilha de experiências e culturas.
Indonésia: A Descoberta de Novos Horizontes
Chegou a hora de mudar de país novamente, desta vez para aquele que seria a nossa casa durante os próximos dois meses.
Começámos a nossa estadia na Indonésia por Bali. Inicialmente, não tínhamos grandes expectativas, nem estávamos especialmente curiosos para conhecer a ilha, até estávamos meio que entediados por estarmos ali, mas bastou um dia para mudarmos completamente de ideias e nos apaixonarmos. A simpatia das pessoas, a cultura, as paisagens inesquecíveis e a comida deliciosa fizeram-nos perceber por que razão a ilha é tão conhecida.
Visitamos Bali com calma, passando por Canggu, Ubud, Sekumpul, Amed, Uluwatu e Seminyak. Fomos também a Nusa Penida para conhecer a famosa Kelingking Beach e Diamond Beach. Depois de Bali, seguimos para as ilhas Gili, que pertencem a Lombok, e adorámos. São ilhas ainda pouco exploradas, e como nas ilhas Phi Phi na Tailândia, não há veículos – podes apenas explorá-las de bicicleta ou a pé. Aqui, tivemos a oportunidade de nadar com tartarugas.
Também estivemos na ilha principal de Lombok, onde exploramos Senggigi e Kuta. Em seguida, apanhamos um voo em direção a Sumatra, onde fizemos um trekking de duas noites na selva para ver orangotangos. Foi uma experiência incrível que recomendamos vivamente.
Fizemos ainda uma escapadinha ao Lago Toba, uma região no centro de Sumatra, e terminamos nas ilhas Mentawai, conhecidas pelo surf, mas como não praticamos surf, não aproveitamos tanto.
Singapura: A Reta Final
E chegámos a Singapura, onde iríamos terminar a viagem. É uma cidade super moderna, completamente diferente dos outros lugares que visitamos ao longo da viagem. Muitas culturas, uma cidade organizada e extremamente limpa.
Adorámos completamente a cidade,é sem dúvida, um lugar onde nos imaginávamos a viver.
O plano era terminar aqui os seis meses de viagem, mas, como estávamos a gostar tanto e não tínhamos ultrapassado o orçamento, decidimos prolongar a aventura. Fomos para Timor-Leste fazer voluntariado com crianças, onde estivemos cinco semanas num convento. E para terminar a viagem regressamos a Bali, onde aproveitamos maioritariamente para descansar antes de voltar a Portugal.
Conclusão
Este foi o nosso roteiro de seis meses pelo Sudeste Asiático. Podemos dizer que foi uma experiência que ainda não conseguimos descrever exatamente por palavras – foi simplesmente inesquecível tudo o que vivemos por lá.
Foi uma jornada de descoberta, aprendizagens e conexão com diferentes culturas. Cada destino marcou-nos de uma forma única e cada experiência transformou-se numa história para contar.
Se estás a pensar embarcar numa aventura semelhante, não hesites: o Sudeste Asiático está à tua espera para ser explorado!
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